

Procurando Dory
Sabe aquela peixinha simpática que se chama Dory? Ela aparece em cenas sempre se esquecendo de algo né?. Nota se o esforço que ela faz em cenas que precisa se lembrar de algo que vivenciou recentemente e até mesmo de memórias mais antigas. Deve ser difícil querer armazenar algo e não conseguir não é mesmo?. O que Dory apresenta foi nomeado por déficit de aquisição.
O déficit de aquisição significa a impossibilidade de adquirir novas informações. No caso de Dory isso começou quando ainda era criança, então tudo o que vivenciou ao longo de sua vida não foi armazenado, é como se o armazém de memórias estivesse escasso, com quase nenhuma memória para ser acessada. Infelizmente quanto mais cedo se dá esse déficit, as possibilidades de melhora são menores, mas se faz necessário o acompanhamento tanto médico quanto psicológico e o apoio familiar é sempre importante. O filme ainda aborda outras questões inclusivas, como o de Nemo, trazendo a anormalidade física e a fobia do Polvo.
Pensar que algo que nos afeta não tem possibilidade de melhora gera angústia e por isso no desenho, Dory tem o apoio e empatia de seus amigos, claro que vez ou outra, Marlin (pai do Nemo), se irrita com ela, mas nem por isso a abandona.
Hipocampo: é a região do cérebro responsável pela aquisição de novas informações, converte as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Lesões no hipocampo, como traumatismo craniano, falta de oxigenação no cérebro (afogamento) impedem a pessoa de construir novas memórias.
Memórias mais antigas são mais resistentes e as obtidas recentes são mais fáceis de serem esquecidas, podemos observar isso no Alzheimer, as pessoas falam sobre situações antigas, porém tem dificuldade para se recordar de acontecimentos recentes.
Cansaço e esquecimento: O excesso de atividades e estresse podem causar falha na memória, por isso às vezes se faz necessário diminuir o ritmo.
